PROGRAMA PÚBLICO

Luís de Camões: Uma Odisseia de Palavras e Mundos
Hispanic Society Museum & Library, Terraço inferior Audubon (Nova Iorque)
26.06.2025 – 03.09.2025

“Quem és tu, Camões?” Esta pergunta, feita ao lendário poeta português convida-nos a reflectir sobre identidade, curiosidade e a busca pelo conhecimento. Para encerrar o programa desenvolvido pela Fundação e pela HSM&L de celebração dos 500 do nascimento de Camões, Isabel Almeida traz-nos uma exposição que investiga a vida, as viagens e o legado literário de Camões, um explorador tanto na poesia quanto na realidade.

O século XVI foi um período de transformações, uma era de Descobrimentos. Enquanto Portugal expandia sua influência marítima, cartógrafos redesenhavam os mapas do mundo e a ciência florescia. Camões viveu essa época, capturando o espírito deste período em Os Lusíadas, em que narra a viagem de Vasco da Gama à Índia. Inspirada na literatura clássica, mas profundamente moderna na sua visão, a sua obra épica expressa as tensões entre passado e presente, mito e realidade, exploração e introspecção.

Esta exposição ilustra como o mundo foi re-imaginado: como os continentes evoluíram na sua representação e como a cartografia influenciou as descrições poéticas dos mares de Camões. Quem é o verdadeiro herói de Os Lusíadas? Seria Vasco da Gama, a nação portuguesa ou o próprio Camões? Por meio de uma narrativa envolvente, a exposição examina a sua visão do heroísmo, desde o mítico Adamastor até às suas reflexões sobre destino, justiça e ambição humana.

Uma obra que mistura a epopeia clássica com tradições ibéricas, sonetos líricos com uma crítica social afiada. Descubra como a sua poesia entrelaçou influências diversas para criar um legado intemporal. Os visitantes são convidados a interagir de novas maneiras com as palavras e ideias camonianas oferecendo uma nova perspectiva sobre o seu legado.

Junte-se a nós nesta viagem literária—onde as palavras se tornam mapas, a poesia encontra a história e a voz de Camões ecoa através do tempo.

Um Diálogo Intercultural: Itália e Portugal Através da Música

A Fundação Gaudium Magnum – Maria e João Cortez de Lobão – orgulha-se em apoiar uma nova iniciativa, em colaboração com o Museu Nacional da Música, que destaca o duradouro intercâmbio cultural entre Itália e Portugal. No centro deste diálogo está o legado de Domenico Scarlatti, cuja fase mais influente se desenrolou não em Itália, mas em Portugal, onde formou uma geração de músicos e transformou o panorama musical da corte.

Esta ligação intercultural foi inicialmente impulsionada pela rainha portuguesa, D. Maria Ana de Áustria, que trouxe consigo a língua italiana e as tradições musicais da corte vienense, elevando a música a uma poderosa ferramenta diplomática e símbolo de sofisticação. Sob o seu mecenato, a música italiana floresceu em Portugal, criando uma ponte artística entre os dois países. A presença de Scarlatti em Lisboa, a par de compositores como Carlos Seixas, personifica este vibrante cruzamento cultural.

Para honrar este legado, a Fundação e o Museu lançam um projecto de gravação que recria a paisagem sonora autêntica do Portugal Barroco. O primeiro lançamento assinala os aniversários de Alessandro e Domenico Scarlatti, dando nova vida à sua música num raro cravo português de 1758, da autoria de Joaquim José Antunes — uma obra-prima do artesanato português do século XVIII. A iniciativa reúne o compositor contemporâneo português António Pinho Vargas e a aclamada cravista francesa Béatrice Martin, unindo passado e presente. Estreias em Lisboa e Nápoles reforçam os laços artísticos duradouros entre as duas nações.

Convers'arte: Encruzilhadas na Gouden Eeuw | Recital-conferência por Miguel Jalôto
Terça-feira, 03.06.2025, 18h30

Uma edição muito especial do Convers’Arte assinalou o encerramento da exposição da obra de Jacques des Rousseaux, cedida ao Museu Nacional de Arte Antiga — e serviu também como uma despedida antes do regresso da Fundação ao Museu, em 2027, com novos e entusiasmantes programas.

Em colaboração com o Museu Nacional da Música, o recital-conferência Entre Antuérpia e Amesterdão – Encruzilhadas na Gouden Eeuw propôs uma viagem ao início do século XVII, explorando a vitalidade cultural dos Países Baixos e do Sul da Europa a partir de dois objetos excecionais: um virginal flamengo e uma pintura de temática musical da autoria de Jacques des Rousseaux.

Apesar das diferenças de suporte, ambas as obras refletem a riqueza da cultura musical da Gouden Eeuw (Idade de Ouro) e os seus vínculos com o Sul da Europa. O virginal — construído em Antuérpia, na tradição de Hans Ruckers, e pertencente à coleção do Museu Nacional da Música — ilustra a prática musical doméstica da época. Já a pintura de Jacques des Rousseaux, artista francês ativo em Leiden e associado a Rembrandt, oferece um universo visual complementar, moldado por influências artísticas de Itália e França.

No belíssimo Salão Nobre do MNAA, Miguel Jalôto, especialista em repertório para instrumentos históricos de teclado, fez ouvirem-se novamente sonoridades que outrora ecoaram por estas regiões. O repertório incluiu desde danças italianas e madrigais a airs de cour franceses, elegantes árias solistas populares nos círculos cortesãos do século XVII e foi interpretado no virginal original, recentemente restaurado por Geert Karman — construtor de instrumentos especializado na recriação de teclados históricos.

Essas sonoridades terão possivelmente ecoado as mesmas melodias representadas na pintura de Des Rousseaux, reanimando o passado através do diálogo entre música, imagem e história.

Com esta tarde memorável, a Fundação concluiu mais um capítulo na já longa parceria, o Belo, a Sedução e a Partilha, com o MNAA — e prepara com entusiasmo os que se seguem.

Bolsas Fulbright para Professores e Investigadores Doutorados – Próxima Edição

As candidaturas para a Bolsa Fulbright para Professores e Investigadores Doutorados deste ano já se encontram encerradas. Agradecemos a todos o interesse e a participação nesta iniciativa que promove a investigação e o ensino em universidades, museus e centros de pesquisa nos Estados Unidos.

A Fundação Gaudium Magnum, em parceria com a Comissão Fulbright, continuará a oferecer esta oportunidade ao apoiar projectos nas áreas de História da Arte, Museologia, e Curadoria, com especial foco na arte dos países de língua portuguesa no período da Idade Moderna.

As candidaturas para 2026 abrem no Outono deste ano e estarão disponíveis até final de Janeiro de 2026. Com duração entre 3 e 9 meses a bolsa permite expandir horizontes, aprofundar estudos e contribuir para a preservação e valorização da arte portuguesa no panorama internacional. Esta iniciativa reflecte o nosso compromisso com a promoção do conhecimento e do intercâmbio académico e científico entre Portugal e os Estados Unidos.

Curioso de saber como tudo começou?

Descubra as iniciativas e os projectos que moldaram o nosso percurso até agora e entenda a visão da Fundação através deste depoimento em vídeo da Co-Fundadora Maria Cortez de Lobão.

Gostaria de saber mais?

Explore a nossa Biblioteca de vídeos do YouTube — um rico repositório de entrevistas exclusivas, conferências e conteúdo acessível que quebra barreiras físicas.

Bolsas Fulbright para Professores e Investigadores Doutorados – Próxima Edição

As candidaturas para a Bolsa Fulbright para Professores e Investigadores Doutorados deste ano já se encontram encerradas. Agradecemos a todos o interesse e a participação nesta iniciativa que promove a investigação e o ensino em universidades, museus e centros de pesquisa nos Estados Unidos.

A Fundação Gaudium Magnum, em parceria com a Comissão Fulbright, continuará a oferecer esta oportunidade ao apoiar projectos nas áreas de História da Arte, Museologia, e Curadoria, com especial foco na arte dos países de língua portuguesa no período da Idade Moderna.

As candidaturas para 2026 abrem no Outono deste ano e estarão disponíveis até final de Janeiro de 2026. Com duração entre 3 e 9 meses a bolsa permite expandir horizontes, aprofundar estudos e contribuir para a preservação e valorização da arte portuguesa no panorama internacional. Esta iniciativa reflecte o nosso compromisso com a promoção do conhecimento e do intercâmbio académico e científico entre Portugal e os Estados Unidos.

Curioso de saber como tudo começou?

Descubra a nossa página de Eventos Passados e conheça as iniciativas e os projectos que moldaram o nosso percurso até agora e entenda a visão da Fundação através deste depoimento em vídeo da Co-Fundadora Maria Cortez de Lobão.

Gostaria de saber mais?

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A FUNDAÇÃO

A Fundação Gaudium Magnum é uma organização sem fins lucrativos com sede em Lisboa, Portugal. Fundada por Maria e João Cortez de Lobão em 2018, centra-se no apoio à cultura, à educação e à investigação, desempenhando ainda um papel activo em iniciativas de caridade. A Fundação acredita na importância de promover intercâmbios culturais como meio de construir pontes, fomentar o diálogo e a justiça social e está empenhada em abraçar a longa tradição portuguesa do internacionalismo cultural. Como embaixadora do património histórico e cultural de Portugal, a fundação promove a cooperação entre instituições locais e internacionais e apoia projectos que exploram o papel do país no panorama global. Centra-se particularmente na formação da identidade cultural de Portugal entre os séculos XIV e XVIII, examinando os seus laços diplomáticos e a circulação de modelos, ideias e pessoas. Impulsionando parcerias inter-institucionais, a fundação orgulha-se de colaborar com museus, bibliotecas e centros de investigação nacionais e estrangeiros, nomeadamente o Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa, Portugal), a Biblioteca Apostólica Vaticana (Roma, Itália), o Hispanic Society Museum & Library (Nova Iorque, EUA) e o Instituto Camões (Portugal).

A COLECÇÃO

A Colecção, constituída por Maria e João Cortez de Lobão ao longo das últimas duas décadas, conta hoje com mais de uma centena de obras de diversos renomados artistas europeus dos séculos XIV a XVIII. Acreditando na relevância destas obras enquanto veículo de estudo e fonte de inspiração, a família Cortez de Lobão está empenhada em torná-las acessíveis ao público. A sua dedicação em continuar a expandir a colecção, incentivar a sua investigação e partilhá-la, é testemunho dessa convicção.
Está também em desenvolvimento um catálogo online interdisciplinar. Com dupla valência, trata-se de uma valiosa ferramenta para estudantes e académicos especializados no estudo da pintura europeia bem como abre uma oportunidade para entusiastas beneficiarem de uma exploração interactiva. Os empréstimos de obras da Colecção pretendem contribuir para exposições temporárias nacionais e internacionais cooperando com diversos museus para dar ao grande público acesso a este legado.